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Clamor por soluções nas ruas, anúncios de investimentos governamentais, campanhas pela vacinação em pauta e carimbó fizeram parte da programação

Autora: Elizabeth Oliveira

Dentro e fora dos ambientes oficiais da COP30, em Belém, a semana foi marcada por intensos debates que trouxeram aos holofotes os riscos à saúde potencializados  pela crise climática.

Personagem guardado na memória afetiva de gerações de brasileiros, o Zé Gotinha dançou até o carimbó na Green Zone nesta quinta-feira (13), em ação do Instituto Evandro Chagas. Tudo isso para alertar a sociedade civil presente na programação aberta da COP30 sobre a importância da prevenção de doenças pela vacinação. Essa tem sido uma estratégia de saúde pública fortemente impactada por campanhas de desinformação e negacionismo científico. 

“A crise climática é, antes de tudo, uma crise de saúde pública. Não estamos mais diante de um risco futuro, mas de uma realidade que já pressiona os sistemas de saúde, provoca mortes e agrava desigualdades. Aqui em Belém, no coração da Amazônia, reafirmamos que a resposta a essa crise precisa unir ciência, cooperação e humanidade. O Brasil mostra ao mundo que saúde e clima são agendas indissociáveis, e que adaptar os nossos sistemas é proteger vidas, comunidades e o futuro do planeta”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em fala hoje em Belém, durante lançamento do Plano de Ação em Saúde de Belém, iniciativa internacional de adaptação climática dedicado exclusivamente à saúde.

Na quarta-feira (11), Alexandre Padilha já havia anunciado, em programação da COP30, investimentos de R$ 240 milhões para fortalecer ações de saúde no Pará, incluindo a ampliação do atendimento fluvial por meio de barcos-hospitais. Esse é um tipo de estrutura fundamental para atender populações ribeirinhas e indígenas em áreas de difícil acesso.

Saúde em pauta

Na terça-feira (11), no painel “Doenças infecciosas em clima em transformação: Inovação, equidade, engajamento de países e comunidades”, foi alertado que as mudanças climáticas tendem a ampliar os riscos de disseminação de doenças como dengue e malária. O debate foi conduzido pela diretora de Vigilância em Saúde, Ambiente e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Agnes Soares.

Também no dia 11, durante a Marcha Global Saúde e Clima, profissionais de saúde, ambientalistas, representações indígenas, coletivos de jovens e outros movimentos sociais se somaram a moradores de Belém em uma tradicional avenida da capital paraense. Na mobilização, foi reivindicado um reforço na proteção de populações vulneráveis e defendidas medidas para frear a degradação de ecossistemas vitais ao equilíbrio climático e ao bem-estar humano. A programação foi articulada por instituições como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e organizações de referência, dentre as quais, Médicos sem Fronteiras e Grupo de Trabalho Amazônico (GTA).

Esta reportagem foi produzida por ((o))eco, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em: https://oeco.org.br/noticias/cop30-semana-de-debate-ampliado-sobre-riscos-climaticos-para-a-saude/ 

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