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Durante café da manhã promovido pelo WWF-Brasil na Casa da Sociobioeconomia, guardiões do Cerrado mostram como a coleta de sementes nativas une renda, restauração ambiental e justiça climática

O Cerrado é o coração das águas do Brasil. Berço das nascentes que alimentam grandes rios e sustentam a vida em todo o país, o bioma tem papel essencial na regulação do clima e na manutenção dos ciclos da água. Restaurar o Cerrado é restaurar a esperança e esse é o convite da roda de conversa “Cerrado e
restauração: a coleta de sementes como vetor da sociobioeconomia”, que aconteceu hoje, na Casa da Sociobioeconomia, promovida pelo Instituto

Conexões Sustentáveis.

Realizada pelo WWF-Brasil, Araticum e Rede de Sementes do Cerrado a atividade abriu a programação da Casa da Sociobioeconomia, espaço que será uma vitrine viva de soluções climáticas durante a COP30, em Belém (PA). O encontro reuniu representantes da Araticum, Redário, Rede de Sementes do Cerrado e MMA, além de coletores de sementes geraizeiros e indígenas, que compartilham suas experiências no uso das sementes nativas como ferramenta de restauração e geração de renda.

Mais do que uma conversa, a atividade propõe uma vivência: escutar as vozes das comunidades guardiãs das sementes, dos saberes e das águas, protagonistas da regeneração dos ecossistemas. Durante o encontro, foram apresentadas amostras de muvucas de sementes, símbolo da mistura de espécies, histórias e conhecimentos que sustentam a recuperação do Cerrado.

A restauração inclusiva valoriza o protagonismo das comunidades locais e reconhece que recuperar ecossistemas vai também restaurar vínculos sociais,

culturais e econômicos com o território. Ao conhecimento acadêmico, técnico e comunitário, ela transforma a restauração em um caminho de geração de renda, fortalecimento e conservação da biodiversidade.

Em um momento em que o mundo volta seus olhos ao Brasil e à Amazônia durante a COP30, o Cerrado se coloca como parte essencial das soluções climáticas.

Mesmo sendo o bioma que mais perdeu cobertura nativa nas últimas décadas, é também um dos que mais oferecem respostas concretas: modelos comunitários de restauração, redes de sementes e experiências que unem ciência, cultura e território.

A proposta é provocar o público — investidores, governos, organizações e sociedade civil — a repensar o que é escala e impacto real. Como a restauração conduzida por comunidades pode inspirar políticas e finanças globais mais justas? O que o mundo pode aprender com quem semeia diversidade todos os dias?

Ao final do encontro, cada participante levou consigo não apenas sementes, mas mensagem que o mundo precisa escutar: restaurar o Cerrado é semear água, vida e futuro.

Sobre a Casa da Sociobioeconomia
Instalada no coração de Belém durante a COP30, a Casa da Sociobioeconomia é uma iniciativa da Conexsus – Instituto Conexões Sustentáveis, realizada em parceria com o Banco do Brasil e Governo Federal, BID Lab, CLUA, Erol Foundation, iCS, Porticus, Skoll Foundation e WWF-Brasil.

O espaço reúne comunidades amazônicas, povos indígenas, investidores e representantes do Sul Global em uma programação intensa com rodas de conversa, experiências imersivas, exposições e mostras audiovisuais, mostrando ao mundo que a floresta pode ser próspera.

Sobre a Conexsus
O Instituto Conexões Sustentáveis – Conexsus atua na promoção da
conexão dos negócios comunitários com os mercados, sejam locais, regionais, nacionais ou internacionais, disponibilizando acesso a investimentos financeiros customizados para apoiar a estruturação dos
arranjos comerciais e viabilizar as operações.

Sobre o WWF-Brasil
O WWF-Brasil é uma ONG brasileira que há 28 anos atua coletivamente com
parceiros da sociedade civil, academia, governos e empresas em todo país para
combater a degradação socioambiental e defender a vida das pessoas e da
natureza. Estamos conectados numa rede interdependente que busca soluções
urgentes para a emergência climática. Conheça: wwf.org.br

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