Representantes ministeriais declararam apoio ao Mapa do Caminho durante um evento no início da tarde desta terça-feira (18) na COP30. O encontro reuniu uma coalizão ampla que inclui tanto países produtores quanto consumidores de petróleo, gás e carvão.
Representantes ministeriais de 82 países declararam apoio oficial ao Mapa do Caminho (roadmap, em inglês) proposto pelo Brasil para a transição rumo ao fim dos combustíveis fósseis. O anúncio ocorreu durante o evento “Mutirão Call for a Fossil Fuel Roadmap”, que reuniu uma coalizão ampla e diversa de países, tanto produtores quanto consumidores de petróleo, gás e carvão.
A proposta brasileira ganhou força ainda no início da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), quando Lula (PT) convocou os países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) para a “construção do Mapa do Caminho para fim dos combustíveis fósseis”.
Como resultado da COP30, o governo brasileiro defende a construção de um calendário com metas para que países — tanto desenvolvidos quanto em desenvolvimento — busquem soluções alternativas aos combustíveis fósseis.
“O presidente Lula foi muito claro no seu pedido: esta COP precisa entregar um roteiro para o fim do uso dos combustíveis fósseis. Hoje, sabemos que os países não apenas ouviram, mas apoiam a ideia. Agora é a hora de transformar palavras e apoios em resoluções no texto final da conferência”, disse Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima (OC).
O apoio de 80 países foi recebido pelo Itamaraty como um sinal de que o Brasil assume protagonismo no redesenho da governança climática global. A expectativa do governo é que, até o fim da COP30, mais países se juntem ao Mutirão e que o roadmap sirva de base para um acordo internacional mais ambicioso sobre a transição energética.
Em seus discursos durante a conferência, Lula já havia destacado que o compromisso de saída dos combustíveis fósseis não deve recair de maneira desigual sobre as nações mais pobres. O presidente reforçou que a transição energética precisa ser acompanhada de garantia de empregos, inclusão social e proteção de populações vulneráveis.
Esta reportagem foi produzida por InfoAmazonia, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original aqui.















